30 de dezembro de 2008

Critérios de Treinadores

Quem anda no futebol amador sabe perfeitamente que a principal razão que os movem são a sua grande paixão pelo futebol. Este será então o ponto de partida para o treinador, no planeamento da época, jogos e treinos.

Motivar uma equipa de futebol amador não é de todo fácil. Vejo com alguma frequência jogadores desmotivados, tristes, mau ambiente colectivo e até abandono de atletas dos seus respectivos clubes, tudo porque não existiu critérios bem definidos pelo treinador com base na razão descrita em cima.

De forma a minimizar o desgaste psicológico de uma época o treinador deverá por em prática critérios por ele definidos, sempre tendo em atenção que o amor pelo desporto é a causa nobre da presença dos jogadores e da equipa técnica.

Os critérios podem passar por:

Pontualidades nos horários dos treinos – os jogadores deverão saber que os treinos têm horários pré defendidos e que o não cumprimento dos mesmos sem justificação deverá ser punido, ex. coimas, exercícios, penalizações na elaboração da convocatória etc.……

Convocatórias – as convocatórias de jogadores deverão ser elaboradas segundo a seguinte ordem: 1º presença nos treinos, 2º pontualidade nos treinos 3º escolha do melhor grupo de jogadores para o respectivo jogo.

Jogos – a escolha do 11 para jogar deverá passar também pela ordem de seguimento das convocatórias.

O não comprimento rígido ao logo da época dos critérios pré definidos poderá levar a um descontentamento, desmotivação e até uma “anarquia” por parte dos jogadores; em vez disso “jogador “ que sabe que os critérios serão postos em prática, já sabe previamente com o que conta.

É preferível perder um bom jogador do que perder uma equipa.

Relembro que estes são apenas exemplos de critérios entre outros que poderão e deverão existir.

27 de dezembro de 2008

Jogo de cabeça

Jogar a bola de cabeça é um gesto típico e peculiar o futebol, não existindo outra disciplina desportiva na qual esteja prevista uma situação idêntica.
A habilidade do jogo com a bola no ar é um dote importantíssimo para qualquer jogador e permite frequentemente soluções rápidas e produtivas.
Basta pensar nos desvios dos atacantes em cruzamentos e nas oposições aéreas dos defesas.
Para obter um bom domínio no jogo e cabeça é necessário assimilar a técnica desde a mais tenra idade.
A execução imperfeita (bola batida com a têmpera ou com a curva do crânio) provoca dor física ou tontura, pelo que é necessário que as primeiras experiências sejam correctas e eliminem o medo instintivo do impacto.
A bola deve ser sempre batida com a fronte, o pescoço bem esticado para imprimir maior força ao golpe e para amortecer o choque. Os olhos devem permanecer sempre abertos para seguir a trajectória da bola, os braços acompanham o movimento global pernas-tronco-pescoço-cabeça e servem também para proteger do contacto com o adversário.
A estrutura naturalmente, ajuda muito, mas mesmo um jogador não muito alto pode fazer-se valer no jogo aéreo se possuir uma boa técnica de execução: fundamentais são a escolha do momento para o salto, a elevação e a antecipação.
Em cada sessão de treinos o treinador deverá aperfeiçoar e corrigir as técnicas fundamentais para um bom jogo aéreo

24 de dezembro de 2008

História do Futebol Português

O primeiro jogo de futebol realizado em Portugal terá sido disputado em Cascais, em Outubro de 1888, organizado pelos irmãos Pinto Basto, Eduardo, Frederico e Guilherme, pois este último já em 1884 trouxera para Portugal a primeira bola de futebol, como recordação de estudante e praticante desportivo em Inglaterra.

Cinco anos depois disputou-se novo jogo entre uma selecção dos grupos que se exibiram em Cascais e uma equipa formada por ingleses. E escolheu-se um terreno em Lisboa, para que a propaganda do jogo pudesse chegar ao povo. Num terreiro situado no Campo Pequeno, onde depois foi construída a praça de toiros, marcaram-se linhas e puseram-se balizas. E fez-se o desafio. E a seguir, muitos desafios — porque dia a dia o futebol captava adeptos. Todos os jovens queriam experimentar a sensação de dar um pontapé numa bola. E assim começaram a surgir grupos e mais tarde clubes.

Os primeiros clubes: O primeiro foi o Club Lisbonense, que teve origem no Colégio Lisbonense mais conhecido por Vilar e que terá sido fundado no Inverno de 1889. A seguir surgiu o Real Ginásio Club Português, já fundado em 1875, que também aderiu a este novo sport. O Carcavelos Club, constituído por trabalhadores ingleses do Cabo Submarino, era o mais forte e temido. Outros foram surgindo e desaparecendo, mas foram os grupos escolares que deram grande impulso à divulgação deste jogo: Colégio Vilar, Escola Nacional e sobretudo a Casa Pia, que viu nascer centenas de jogadores e alguns dos melhores que o nosso futebol registou.

No Norte de Portugal também o futebol estendeu as suas raízes, através da colónia inglesa e do Oporto Cricket and Lawn-Tennis Club. O entusiasmo gerado por este novo jogo levou a que, em 1894, se tenha disputado o I Porto-Lisboa com o alto patrocínio do Rei D. Carlos I.

A organização clubista seria a raiz do desporto português e começou com o futebol. O agrupamento de entusiastas fez-se aqui e além, criando-se núcleos (clubes) cujo despique impulsionava o futebol. E foi por vontade dos clubes que nasceu a Liga de Football Association, a primeira entidade orientadora do futebol em Portugal. Mas a Liga teve vida efémera.

Fundada a primeira Associação — Em 23 de Setembro de 1910 é fundada a Associação de Futebol de Lisboa, que seria a pioneira das 22 agora existentes. O Campeonato de Lisboa foi, durante muitos anos, a principal prova portuguesa porque reuniu os melhores jogadores e clubes como Benfica, Sporting, Belenenses ou Carcavelinhos. Com o futebol a crescer nas duas principais cidades e também no Algarve, no Minho, na Madeira e em tantas outras localidades, mais se acentuava a necessidade de criação de um organismo que coordenasse a actividade em todo o País. Assim, e por iniciativa das três Associações existentes (Lisboa, Porto e Portalegre), é fundada em 31 de Março de 1914 a União Portuguesa de Futebol.

Devido à eclosão da I Grande Guerra Mundial (1914-18) com militares portugueses nela envolvidos, este organismo limitou-se praticamente a dar autorização aos jogos entre clubes portugueses e estrangeiros, a realizar jogos entre selecções de Lisboa e do Porto e a oficializar a inscrição de Portugal na FIFA.

Finalmente a Federação — Só mais tarde, por deliberação do Congresso de 28 de Maio de 1926, a União passou a denominar-se Federação Portuguesa de Futebol, que chamou a si a organização das principais seguintes provas: Campeonato de Portugal (1922-38, prova em sistema de eliminatórias para apurar o campeão nacional), Campeonato da I Liga (1934-38, prova no sistema de todos contra todos, para estudar a viabilidade dum campeonato nacional), Campeonato da II Liga (1934-38, prova semelhante à anterior mas aberta aos clubes de todas as associações), Campeonato Nacional da I Divisão (desde 1938, depois duma reestruturação das provas federativas), Campeonato Nacional da II Divisão (de 1938 a 1990, semelhante à I Divisão mas dividido por grupos geográficos), Campeonato Nacional da III Divisão (desde 1947), Supertaça Cândido de Oliveira (desde 1980, disputada entre o campeão nacional e o vencedor da Taça de Portugal) e Campeonato Nacional da II Divisão de Honra (desde 1990).

23 de dezembro de 2008

Refeição anterior ao jogo

Uma refeição anterior ao jogo merece especial CUIDADO:

Sopa muito bem passada, com azeite, nunca com caldos ou base de carne, reduzida quantidade de gordura, muito rica em produtos hortícolas, não deve levar leguminosas nem batata, mas sim arroz ou massa. É uma sopa rica em minerais e algumas calorias, de fácil digestão e que não promove a formação de gases. No prato, o peixe (magro), por exemplo cozido, grelhado ou assado no forno sem gorduras é uma excelente alternativa proteica; carne, se a qualidade do peixe não for garantida pode ser picada, cozida ou grelhada e confeccionada sem gorduras. O acompanhamento do prato deve ser de arroz ou massa, já que são os fornecedores de HC menos flatulentos. O pão deve ser torrado ou tostas. São sobremesas possíveis arroz-doce, aletria, creme de frutos… A bebida pode ser água, chá, batido de fruta diluído adoçando suavemente. Pode tomar-se café mas chá é ainda melhor. Bebidas alcoólicas são totalmente contra-indicadas.

O intervalo entre a última refeição e a prática deve ser de 2 ½ a 3 horas no caso de reabastecimento ao intervalo, ou de 2 horas quando apenas é possível beber. Este intervalo relativamente curto reduz o risco de hipoglicémia e acidose do esforço mantendo a disponibilidade do glicogénio muscular, aumenta a atenção e o rendimento e reduz a possibilidade de lesões.

Perdas de água e minerais estão aumentadas significativamente. O consumo de líquidos deve ser adequado e calculado em função das perdas de peso durante o esforço. A ingestão é importante antes, durante e após o esforço. A água deve ser bebida na 3ª e 2ª hora antes da competição, 2 a 4 vezes por hora, na quantidade de aproximadamente 150 a 200 ml; na hora imediatamente anterior beber apenas 1 vez podendo ser uma solução hipotónica de minerais e glicose. Proceder de igual modo com as tomas durante e após o exercício. A água não pode ser fresca, devendo encontrar-se a temperaturas entre os 10 e os 12º.

Festejar uma vitória bebendo uns copos estraga tudo, já que a ingestão de álcool agrava a deplecção em glicogénio e torna mais difícil a sua reposição a nível muscular reduzindo as capacidades para futuros desafios mais ou menos próximos. A sua utilização regular pode induzir perda de massa muscular.

16 de dezembro de 2008

Blog Tfutebol

O blog Tfutebol foi criado em 16,Dezembro de 2008 com o objectivo de poder ajudar treinadores e pessoas interessadas em futebol amador.
Espero que este blog seja do interesse de todos que por aqui navegam.