Mais uma historia que se passou num jogo muito importante.
O jogo era em nossa casa com uma equipa teoricamente inferior a nossa, mas já tinha-nos retirado 2 pontos na sua casa, por isso era impensável outro resultado que não fosse a vitória.
A par do que tinha acontecido na 1º volta entramos muito bem no jogo, criamos muitas oportunidades mas como diz o ditado “quem não marca! sofre…” foi isso mesmo que aconteceu, fomos para o intervalo a perder por 0-1.
Naquele momento tinha 15 minutos para puxar a equipa para cima, tinha de fazer algo mais do que corrigir aspectos tácticos.
Depois das respectivas correcções, decidi fazer a seguinte pergunta a todos os jogadores individualmente “ achas que temos condições para dar a volta ao resultado?” com o meu indicador fui correndo jogador a jogador e todos me respondem com uma voz potente que “SIM” excepto um jogador que me disse “acho muito difícil”. Naquele momento tive de parar um pouco para pensar, a minha parte mais sentimental dizia-me para substitui-lo, mas ao invés decidi mantê-lo em jogo e fiz um apelo à equipa para contrariarem esse jogador, para mostrar que ele estava errado e que até com menos um jogador em campo nós conseguiríamos vencer.
Entramos para a segunda parte com uma grande atitude, o jogador indeciso teve uma resposta muito positiva e deu tudo em campo. Conseguimos dar a volta ao resultado e nesse momento foi quando o substitui. Ainda no banco tive uma conversa com o jogador e fiz-lhe ver que a reviravolta no jogo também tinha sido pela sua mudança de atitude e de muita vontade de ganhar como equipa.
19 de abril de 2011
18 de abril de 2011
1º História de um treinador amador
Vou tentar contar de vez enquanto umas histórias, que me foram e vão-me acontecendo neste percurso de treinador amador.
Estava como treinador adjunto de uma equipa sénior, as coisas não estavam a correr muito bem ao nosso mister (resultados negativos, problemas com os jogadores e alguma divisão no balneário, enfim nada de bom), a fase era crucial tínhamos 3 jogos pela frente para passar de série, íamos jogar a casa do 1º classificado e um resultado negativo deitava-nos por terra.
Chego ao 1º treino dessa semana crucial e sou informado pelo o mister e presidente que a partir desse momento seria o treinador principal.
Chamei os capitães da equipa e pedi-lhes a sua opinião, pelo que mostraram uma enorme satisfação e que estariam 100% comigo.
Tudo muito bem até aqui mas agora era eu, que tinha o menino nos braços, e qual seria a melhor estratégia para levantar a moral do grupo em vésperas de um jogo extremamente importante.
Então no último treino dessa semana, decidi começar o treino com uma palestra e por fim antes de ir-mos para o campo fiz um jogo (exercício) no balneário, que viria a unir todo o grupo e a fortalecer-nos para o resto da época.
Regras do jogo:
Dividi o grupo em dois.
A cada grupo dei-lhes uma missão.
Os grupos não sabem a missão dos outros.
Dividi o balneário imaginariamente ao meio e cada grupo ficou separado.
Quem cumprisse a sua missão daria apenas 5 voltas ao campo.
Quem Não cumprisse a sua missão daria 30 voltas ao campo.
Missão do grupo A: fazer com que os jogadores do grupo B passassem para o seu lado do balneário.
Missão do grupo B: igual ao do grupo A.
Podem fazer tudo excepto contacto físico.
Tinham 5minutos para cumprir o objectivo.
Começou o jogo e a desconfiança era enorme entre os dois grupos ninguém queria perder, inventaram todo o tido de situações para conseguir concluir a sua missão mas sempre em vão.
Acabou o tempo e aproveitei o fracasso dos dois grupos para lhes explicar que não estavam a ser unidos, que havia desconfiança na equipa e que naquele momento todos tinham perdido e iriam dar 30 voltas ao campo desnecessariamente, bastava terem falado, uns com os outros e dizer qual era a missão de cada grupo e executa-la, todos sairiam a ganhar. Esta seria a ultima vez que perderiam, o perde/perde nunca mais estaria no nosso horizonte mas sim o ganha/ganha.
Lá foram dar 30 voltas ao campo para reflectir. À passagem da 10 volta chamei a equipa e voltei a dar uma missão que consistia no seguinte: os 10 primeiros jogadores a dar uma volta ao campo e a passarem na linha do meio campo, eu retiraria o castigo das 30 voltas, aos outros somava mais 20 voltas o que daria 50 voltas no total.
Esta missão não foi mais do que por a equipa à prova e se de uma vez por todas estariam unidos.
Os jogadores deram a volta ao campo e ao chegar na linha do meio campo abraçaram-se e passaram todos ao mesmo tempo (foi emocionante aquele momento)
A partir daquele momento passei a ter uma EQUIPA.
Já agora para terminar fomos à casa do 1º classificado empatar e vencemos os dois últimos jogos, passando assim de série.
Estava como treinador adjunto de uma equipa sénior, as coisas não estavam a correr muito bem ao nosso mister (resultados negativos, problemas com os jogadores e alguma divisão no balneário, enfim nada de bom), a fase era crucial tínhamos 3 jogos pela frente para passar de série, íamos jogar a casa do 1º classificado e um resultado negativo deitava-nos por terra.
Chego ao 1º treino dessa semana crucial e sou informado pelo o mister e presidente que a partir desse momento seria o treinador principal.
Chamei os capitães da equipa e pedi-lhes a sua opinião, pelo que mostraram uma enorme satisfação e que estariam 100% comigo.
Tudo muito bem até aqui mas agora era eu, que tinha o menino nos braços, e qual seria a melhor estratégia para levantar a moral do grupo em vésperas de um jogo extremamente importante.
Então no último treino dessa semana, decidi começar o treino com uma palestra e por fim antes de ir-mos para o campo fiz um jogo (exercício) no balneário, que viria a unir todo o grupo e a fortalecer-nos para o resto da época.
Regras do jogo:
Dividi o grupo em dois.
A cada grupo dei-lhes uma missão.
Os grupos não sabem a missão dos outros.
Dividi o balneário imaginariamente ao meio e cada grupo ficou separado.
Quem cumprisse a sua missão daria apenas 5 voltas ao campo.
Quem Não cumprisse a sua missão daria 30 voltas ao campo.
Missão do grupo A: fazer com que os jogadores do grupo B passassem para o seu lado do balneário.
Missão do grupo B: igual ao do grupo A.
Podem fazer tudo excepto contacto físico.
Tinham 5minutos para cumprir o objectivo.
Começou o jogo e a desconfiança era enorme entre os dois grupos ninguém queria perder, inventaram todo o tido de situações para conseguir concluir a sua missão mas sempre em vão.
Acabou o tempo e aproveitei o fracasso dos dois grupos para lhes explicar que não estavam a ser unidos, que havia desconfiança na equipa e que naquele momento todos tinham perdido e iriam dar 30 voltas ao campo desnecessariamente, bastava terem falado, uns com os outros e dizer qual era a missão de cada grupo e executa-la, todos sairiam a ganhar. Esta seria a ultima vez que perderiam, o perde/perde nunca mais estaria no nosso horizonte mas sim o ganha/ganha.
Lá foram dar 30 voltas ao campo para reflectir. À passagem da 10 volta chamei a equipa e voltei a dar uma missão que consistia no seguinte: os 10 primeiros jogadores a dar uma volta ao campo e a passarem na linha do meio campo, eu retiraria o castigo das 30 voltas, aos outros somava mais 20 voltas o que daria 50 voltas no total.
Esta missão não foi mais do que por a equipa à prova e se de uma vez por todas estariam unidos.
Os jogadores deram a volta ao campo e ao chegar na linha do meio campo abraçaram-se e passaram todos ao mesmo tempo (foi emocionante aquele momento)
A partir daquele momento passei a ter uma EQUIPA.
Já agora para terminar fomos à casa do 1º classificado empatar e vencemos os dois últimos jogos, passando assim de série.
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