4 de março de 2013

Pontapé de baliza a favor

Sair a jogar? Bater para a frente? Qual das duas questões optar preferencialmente? Depois de optar uma delas, como vamos fazer? Quais são as nossas referencias? Onde vamos colocar a bola? Como se posicionam os jogadores? São questões que devem ser bastante bem definidas para que não existem duvidas e facilitem o nosso modelo de jogo.

Vou-vos falar de um modelo que pode ou não ser do vosso agrado.

Preferencialmente opto por sair a jogar, agora que tenho uma preferência resta-me aperfeiçoa-la e tudo começa no GR, pois é ele quem toma a decisão, as acções que ele efectuar vão ser relevantes para a nossa estratégia.
Os Comportamentos do GR são: a reposição de bola deve ser rápida, quanto mais rápidos formos a tomar as decisões mais probabilidades temos de surpreender o adversário, em seguida o GR deve colocar a bola sensivelmente ao meio da pequena área, de forma a poder sair a jogar por ambos os lados (noto uma rotina do GR em colocar a bola no bico da pequena área). Se não der para sair a jogar, falemos disso um pouco mais a frente.

Os comportamentos dos defesas são: aqui começa a complicar, pois temos dois centrais e dois laterais, igualmente como as acções tomadas por o GR, os jogadores de campo também devem ser rápidos a posicionarem-se. Neste modelo opto por subir os laterais e abrir os centrais, um no lado direito e outro no lado esquerdo e faço baixar o trinco para o meio dos centrais. Neste momento crio uma duvida na equipa adversária ou deixam-nos sair a jogar (não quer dizer que consigamos em profundidade) ou então fazem pressão na minha linha defensiva e isso obriga a defenderem em campo grande, sempre desaconselhável (se mesmo assim conseguirem fazer pressão adequada, também temos outra opção). Agora que um dos meus centrais tem a bola, já podemos montar a estratégia de saída para o ataque, que vai depender muito do que a equipa adversária deixa fazer e daquilo que nós treinamos (podemos falar disso noutro post).


Agora vamos voltar atrás, se o GR não conseguir colocar a bola nos centrais (por pressão da equipa adversária) então vai optar por pontapear para a frente, mais vai obedecer a uma estratégia, ele vai colocar a bola numa das laterais (de preferência a lateral que a bola esta mais descaída), para um dos meus extremos que poderá ou não ganhar a 1º bola se não ganhar estamos prontos para ganhar a 2º bola com um dos laterais entretanto subidos e os médios centro, se repararem bem neste momento estamos em igualdade numérica no meio campo (pois três jogadores da equipa adversária estão a marcar os meu três homens da linha defensiva e já ficaram para trás) sendo sempre muito bom para qualquer equipa em posse de bola, se conseguirmos ganhar a 2º bola então vamos de certeza estar em superioridade numérica numa determinada zona sendo essa zona já perigosa para a equipa adversária.

Voltemos outra vez atrás aos centrais, imaginemos que recebem a bola mas são alvo de uma pressão rápida e eficiente, não conseguindo sair a jogar então a opção passa por bater a bola igualmente para o sitio que o GR meteu anteriormente (num dos meus extremos) e mais uma vez estamos bem colocados para ganhar a 1º ou 2º bola.


Nesta duas situações que referi anteriormente (pontapear a bola para a frente), é importante que a linha ofensiva não baixe mantendo o jogo esticado, se baixar então estamos a facilitar a equipa adversária.

Como qualquer principio e sub princípio de jogo, obedece a muito treino e rotinas de jogo. A criação de exercícios adequados facilita a aprendizagem do modelo de jogo.

Tentei não entrar aprofundadamente nas rotinas no modelo ofensivo e transições ofensivas, que de certo cada treinador tem e treina. Apenas é um exemplo de entre muitos.

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